No contexto de globalização, vivemos em uma era onde tudo é muito veloz e passageiro, dentre elas informações, tendencias musicais, roupas, filmes e o mais absurdo "relacionamentos"...
é bastante comum ter vários amigos no facebook, conhecer pessoas nas redes sociais que moram em nossas cidades, mas que nunca rolou nem aquele " e ai, vamos tomar um sorvete? " ou quem sabe " Um litrão na calçada" (preferencias), estarmos conversando com alguém novo a cada semana, isso para alguns é extremamente normal (o que não deixa de ser) mas o que eu quero dizer...
Será que as pessoas são como pratos estampados em um cardápio no qual você monta e busca aquela que mais lhe agrada ?
é algo bastante complexo não é ?
Muitas vezes conversamos por horas e horas com alguém bacana, e algum dia, em uma festa, não temos nada, além de comprimentos formais e um "thau, a gente se esbarra"
Tenho para mim que muitas pessoas tratam as outras como simples "passatempo"
e você pode ate pensar "o que você quer dizer com isso"?
a maioria de nós jovens ficamos tanto tempo presos em uma mesma atividade, vivendo por trás da tela de um smarthphone, quase sempre entediado ou buscando algo que ocupe a nossa cabeça por alguns instantes, isso porque estamos presos a hábitos, e porque não vícios? repetimos essa rotina corriqueiramente, esquecemos sensações simples e saudaveis como ler um livro em praça publica ouvindo o canto dos pássaros, caminhar com seu animal de estimação, sair para ver o mar enquanto escuta uma boa musica, cantar em voz alta mesmo que as pessoas te olhem errado
O fato de estarmos sempre procurando alguém com quem dividir nossas horas, é o que nos faz pensar que tudo que devemos fazer, deve ser acompanhado de outras pessoas, eu particularmente tenho amigos que não conseguem fazer nada "sozinhos" e outros que mesmo nos momentos de "família" seja aquela viagem ou aquela praia com os familiares, não consegue desgrudar do celular um só minuto, e pensar na grandeza que pode se tornar aquele momento para ambos. Se você não tenta compreender os seus pais, conversar, contar historias engraçadas, se adequar, você se fecha as diferenças, você aceita apenas o que lhe convém e esquece que os seus pais e familiares são seres em construções, seres que lidam com as situações diferente de você, alguns mais estressados, outros mais passivos, porém é preciso saber reconhecer, que uma boa convivência é uma construção,e que se você se fecha a isso, você esta constantemente em um ciclo descartável, descartando e sendo descartado.
Por isso usei o termo "vicio" em determinado momento, a internet é um mundo de aparências, onde nos sentimos amados e importantes, por alguns instantes, uma grande piada, pois metade das pessoas que ali estão só irão lhe julgar pelo que escutam dos outros ou pela sua aparência, pelo que você tem ou ostenta ter, a outra metade é que devemos reconhecer, valorizar e manter por perto, pessoas que conhecem o seu intimo, que estão dispostas a bater na sua casa em uma crise de bad, pessoas que já lhe fizeram bem, pessoas que você fala sobre suas conquistas e medos, e eu sei que não são muitas, mas já pensou na grandeza que é ter pessoas assim?
Encontrei um amigo de longa data, após um bom tempo que não os víamos, ele se chama Levi, sempre que vejo o Levi, eu só consigo ser grato por ter alguém capaz de me conhecer tão bem quanto eu mesmo, alguém que me escuta e que compartilhou os melhores e piores momentos da minha vida! um cara que tem que ser duro quando tem que ser, que fala o que tem que ser dito, e não o que precisa ser escutado, e ele só fala, quando de fato domina o assunto, não é aquele cara que escutaria algo pela metade a agiria como se soubesse de fato.
A questão é, as melhores amizades e relações que temos são aquelas que construímos debaixo de muitos, muitos perrengues não concordam comigo? claro que todos nós temos limites, não precisamos ser agentes direto nessa transformação, mas acreditar na melhora de uma pessoa, ser capaz de influenciar alguém positivamente, ter amor e empatia por entender que cada ser humano é um universo, e que as vezes é preciso paciência para subir uma vasta montanha afim de ter a "vista" mais linda.
E como diz uma grande amiga minha Alana Maia " A gente não pode deixar de ser gente por causa de gente que não é gente"
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